segunda-feira, 29 de abril de 2019

Fotografia


Grafia da luz nas linhas da memória. Anos-luz. Como estrelas, as fotografias são o brilho do passado diante dos nossos olhos. Travessia nos céus escuros. Da noite, o que restou dos dias. Brilhos. O tempo passa: câmara escura, revela o que fica, acende o que permanece. Universo de revelações: ver estrelas, rever a vida no céu do coração. Recordações.

E nada melhor do que o céu do interior para contemplar as estrelas, um céu mais escuro, mais livre, menos ofuscado, mais vívido. O céu do interior. Um céu aberto. Um céu que se revela. Mas o céu continua o céu, em movimento, ligamos os pontos das nossas distâncias, diante do mesmo céu, afinal. Cantou Vinícius de Moraes, quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar: fotografias.



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