Lembro bem daquela manhã. Saí para tomar banho, um frio, mas um frio de arrepiar quem tá vestido, imagina eu que tinha que tirar a roupa ali no relento, naquele nosso chuveiro fora de casa? Se fosse um dia qualquer, enforcava o banho talvez, mas aquele era um dia especial. Lembro que, além de frio, o dia estava especialmente branco, o sereno congelado no chão crepitava com meus passos, e os campos esbranquiçados se alongavam horizonte a fora.
Abri a portinhola de madeira, senti a água envolver meu corpo, acordar o meu corpo. Foi então que vi os pessegueiros em flor – que visão! O rosa daquelas flores parecia ainda mais rosa em meio ao branco da geada.
Suspirei.
Suspirei sem saber quantas vezes lembraria daquele dia, da promessa que estava por fazer.
Suspirei sem imaginar a quantos filhos e netos contaria sobre aquela manhã de inverno, de arrepios.
Em questão de horas, o gelo derreteu com o calor do sol, em semanas, as flores viraram fruto, conserva, schmier, quem sabe, e, passado quase meio século, aquela promessa resiste ao tempo e ainda me faz suspirar... Ah, cada vez eu amo mais a Carmem!
Uma homenagem aos meus avós Carmem e Alcírio.
Postagem temática sobre casamento
Que lindo! Assim até eu gostei do inverno!
ResponderExcluirParabéns!!
Ahh que linda homenagem!
ResponderExcluirTeu texto é sempre muito bem trabalhado, convincente.
Abraço!
Que lindo!!!!!
ResponderExcluirOi guriazinha!
ResponderExcluirNossa fiz um intensivo de leitura aqui hoje, quanta coisa boa! Fazia tempo, eu quase esqueci, não fosse por uma pasta de favoritos e o blog da profe simone.
Vai lá visitar o meu tb! Beeeeeijos
Também fiquei arrepiada e não foi de frio... Muito lindo! O vô e a vó iriam adorar.
ResponderExcluirBjs e abraços
Primaaa... qeue lindo! Me emocionei quando cheguei no final... você como sempre surpreendendo com suas palavras! Amo muito!
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