Acordei com um barulho vindo da cozinha. Não tive coragem
de espiar sozinha. Chamei minha irmã. Dessa vez vamos ver o Papai Noel! Pela
fresta da porta - a surpresa - em torno
da mesa, reclinados sobre as bolachas, com os dedos repletos de confeitos
coloridos: nossos pais, decorando doces. Que decepção! A mágica da manhã de
Natal se desfez naquele instante. Desapontadas, voltamos para o quarto. Nos
dias seguintes, a cada bolacha, já não sentia mais o gosto da fantasia, mas passei
a ver a delicadeza e o amor do gesto de nossos pais.
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