Pronto,
lembrei de uma história de chuva: a do dia em que nossa família se abrigou em
um guarda-chuva de pedra. Viajamos para uma cidade paraibana, Cabaceiras. Dizem que é o lugar
onde menos chove no Brasil. Já gravaram
alguns filmes por lá, então a região é conhecida como a Roliúde Nordestina.
Nessa
cidade, visitamos o lajedo do Pai Mateus, uma grande rocha por onde se pode caminhar, com pedras bem
arredondadas e um tanto inclinadas - parece que vão sair rolando. Algumas
dessas pedras são, em parte, ocas, formando pequenas cavernas, onde pessoas já
se abrigaram e moraram.
Quando
estávamos lá em cima do lajedo, apreciando a paisagem, uma nuvem carregada apareceu também. E choveu. Corremos para baixo de uma das pedras ocas:
o nosso guarda-chuva de pedra. Lá de dentro, ouvimos os pingos de chuva tocando
na rocha, ressoando; vimos o lajedo brilhar e a terra em volta se refrescar.
Eita, quanta boniteza!
E
há Quem seja como um guarda-chuva de pedra: abrigo sólido e sonoro diante de
chuviscos ou de tempestades, forte e resistente em todas as estações.
Fotografia: Delmar Land |
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