domingo, 23 de outubro de 2016

Perfumes de infância

...e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Efésios 5:2


Quando menina, ganhei um perfume de que gostava muito, depois de colocá-lo, familiares começaram a dizer: “que perfume bom!”, “como está cheirosa!” e se aproximaram para sentir melhor. Diante disso, exclamei: “Ei! Parem de cheirar, se não vai acabar logo!”. Apesar da minha atitude egoísta e controladora, o perfume se espalhou pelos ares. Podemos até disfarçar alguns cheiros, mas, em geral, os aromas são incontroláveis e são percebidos por quem está próximo. Na Palavra, lemos: Mas graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo e por nosso intermédio exala em todo lugar a fragrância do seu conhecimento; porque para Deus somos o aroma de Cristo entre os que estão sendo salvos e os que estão perecendo (2 Coríntios 2:14,15). E esse aroma de Cristo não pode ser guardado, escondido, tampouco vendido. É uma questão de ser.

Outro episódio perfumado da minha infância aconteceu com o perfume preferido da minha irmã. Ela havia esperado muito por aquele perfume. Quando eu percebi que estava acabando – ainda na metade – com medo do fim, resolvi ajudar. Em um gesto solidário, porém, totalmente ineficaz, completei com água. Agora o vidro estava cheio, mas não era mais perfume, era água com pingos de cheiro. E o que era para trazer alegria, gerou tristeza e raiva. Em Provérbios 27:9, diz assim: O óleo e o perfume alegram o coração, O mesmo fazem os doces conselhos dum amigo afetuoso. Logo, não adianta multiplicar alegria ou amizade com qualquer solvente, é uma questão de essência, de palavras, de conselhos, de afeto, de sabedoria, de amor. E como são agradáveis essas amizades com aroma de Cristo! Perfumam a infância e a vida inteira.
         
Amor sem fim, sem medo de gastar ou de acabar. Amor que transborda e perfuma até os confins da terra.


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